Jovem é condenado por matar a namorada e ex com golpes de espada
03/12/2025
(Foto: Reprodução) Homem é condenado por matar a namorada e ex com golpes de espada em Edéia, Goiás
Renan dos Santos Moraes foi condenado a mais de 30 anos de prisão em regime inicial fechado por matar a golpes de espada sua esposa, Luana Meirelles, de 28 anos, e sua ex-namorada, Ana Júlia Ribeiro, de 22, em Edéia, no sul de Goiás. Segundo o advogado de Renan, Paulo Sérgio de Oliveira, a defesa vai recorrer da decisão.
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O julgamento que condenou Renan foi realizado nesta terça-feira (2). “A defesa respeita a decisão que condenou Renan, mas ingressará com um recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás”, declarou a defesa.
O crime aconteceu em setembro de 2024. Renan foi preso em flagrante e foi autuado por feminicídio consumado e feminicídio tentado.
Mortes por golpes de espada
Luana Meirelles (à esquerda)e Ana Júlia Ribeiro (à direita) foram mortas por Renan dos Santos (centralizado), segundo a polícia em Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Segundo o delegado responsável pela investigação, Daniel Moura, Renan usou uma espada para cometer os crimes após uma discussão por ciúmes com sua esposa, Luana.
“Ele golpeou a companheira com a arma branca de fabricação caseira. Após ter matado a companheira, ele seguiu até o trabalho de outra mulher [a ex], que teria sido o motivo da discussão e também a golpeou por diversas vezes”, explicou o delegado.
Luana foi assassinada em casa. A ex de Renan, Ana Júlia, foi ferida com golpes de espada, ficou internada em estado grave no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Entretanto, ela faleceu dois dias depois do crime.
Um vídeo feito por uma câmera de monitoramento registrou o momento em que Renan invadiu o local de trabalho de Ana Júlia, deu golpes de espada e fugiu do local. Confira:
VÍDEO: Jovem invade trabalho da ex para tentar matá-la
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Indiciamento por feminicídio
Luana Meirelles e Ana Júlia Ribeiro foram assassinadas em Edéia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Em outubro de 2024, Renan foi indiciado pela morte de Luana e de Ana Júlia. Ao g1, o advogado de defesa informou, na época, que o rapaz responderia por dois feminicídios triplamente qualificados e consumados.
Quem é Renan
Renan prestava serviços gerais para a Prefeitura de Edéia, cidade onde o crime aconteceu. Nas redes sociais, o então prefeito José Wagner informou que o rapaz era funcionário da "administração" e repudiou o ato de violência que resultou nas mortes. O gestor público afirmou que tal conduta é inaceitável e o enche de indignação.
Em seu perfil pessoal, Renan destacava a relação com Luana em sua biografia. No conteúdo que ele compartilhava, ele mostrava o carro, a customização de faróis e a instalação de peças.
Gisane Alves, prima de Luana, contou que o relacionamento da vítima com Renan era conturbado. Ela disse que o rapaz era ciumento e fazia chantagem emocional com a esposa quando o relacionamento terminava.
Quem era Luana Meirelles
Luana Meirelles, assassinada a golpes de espada em Edéia, no sul de Goiás
Reprodução/Redes Sociais e Polícia Civil
Luana Meirelles tinha 28 anos e era natural de Caldas Novas. Ela iniciou o curso de pedagogia, não o concluiu, conforme informou uma parente. Ela era mãe de três filhos, duas meninas e um menino, frutos de outro relacionamento.
Quem era Ana Júlia
Ana Júlia Ribeiro tinha 22 anos e trabalhava como vendedora em uma loja em Edéia. No perfil da empresa nas redes sociais, Ana Júlia participava de brincadeiras para promover os produtos, sempre com bom humor, o que divertia os clientes.
Veja abaixo a cronologia do caso:
No dia 19 de setembro, Renan matou Luana em casa, após uma discussão motivada por ciúmes envolvendo a ex-namorada Ana Júlia.
Depois, no mesmo dia, ele saiu de casa de bicicleta e foi até o local de trabalho de Ana Júlia, no centro de Edéia. Renan desferiu diversos golpes de espada na ex e fugiu.
Ainda no dia 19 de setembro, Renan foi preso em flagrante.
No dia 21 de setembro, Ana Júlia faleceu após passar dois dias internada em estado grave no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
Em outubro de 2024, Renan foi indiciado pela morte de Luana e de Ana Júlia.
Nesta terça-feira (3), Renan foi condenado a mais de 30 anos de prisão em regime inicial fechado.
Nota da defesa
A defesa respeita a decisão que condenou Renan, mas ingressará com um recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.
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