Veja o que se sabe sobre a morte de praticante de highline após queda na Chapada dos Veadeiros
30/07/2025
(Foto: Reprodução) Praticante de highline morreu ao cair de uma cachoeira na Chapada dos Veadeiros
O atleta de highline Gustavo Guimarães, de 29 anos, chegou a ser detentor de um recorde no esporte e era conhecido entre os praticantes. Gusta, como era conhecido, morreu enquanto praticava o esporte em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, após cair de uma altura de cerca de 50 metros da Cachoeira da Usina, segundo o Corpo de Bombeiros
Veja o que se sabe sobre o caso:
Como e quando o praticante morreu?
Quem era a vítima?
Praticante tinha recorde no esporte?
Esportista usava equipamentos de segurança?
Como o acidente aconteceu?
Como e quando o praticante morreu?
De acordo com os bombeiros, Gustavo Guimarães caiu de cerca de 50 metros de altura enquanto praticava o esporte conhecido como highline — uma variação do slackline, esporte de equilíbrio em fitas suspensas, mas no caso do highline, em grandes alturas. Segundo a corporação, o jovem morreu ainda no local.
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O acidente aconteceu na sexta-feira (25). Quando o resgate chegou ao local do acidente, Gustavo já estava sem vida na borda do poço da Cachoeira da Usina, tendo sido retirado da água por amigos que tentaram reanimar a vítima, mas sem sucesso, de acordo com a corporação.
Quem era a vítima?
Segundo amigos, Gustavo era querido e muito gentil, além de ser amado pela comunidade do highline, esporte que praticava desde 2020. Ao g1, Pedro Paulo, um dos amigos, afirmou que a perda de Gusta causou grande comoção.
"Ele era muito querido. A comunidade do highline mundial está de luto. É uma comoção geral. Jovem, aventureiro, espírito livre. Sempre sorrindo e gentil, assim era conhecido pela galera", afirmou.
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Morte de praticante de highline causa comoção nas redes sociais
Nas redes sociais, a Associação Internacional de Slackline (ISA, na sigla em inglês) publicou uma nota lamentando a morte do praticante e destacou que ele havia participado de grandes projetos no esporte.
Ainda de acordo com amigos, Gustavo era profundo conhecedor do esporte e trabalhava como alpinista industrial em uma empresa especializada.
Segundo a nota de despedida publicada nas redes sociais da vítima, o velório aconteceu na manhã de domingo (27), e o sepultamento foi realizado às 17h do mesmo dia, em Ouro Branco (MG).
Praticante tinha recorde no esporte?
Amigo conta que praticante de highline que morreu tinha recorde de Goiás
De acordo com o atleta e atual recordista mundial de resistência no esporte, Matheus Waeny, Gustavo estava com ele quando quebrou o recorde de maior travessia sem cair de Goiás, e que chegou a ser a maior do Centro-Oeste. Segundo Waeny, a marca foi alcançada na cidade de Cocalzinho de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Ao g1, o amigo contou que Gustavo caminhou 800 metros sobre a fita, que era a 3ª maior do Brasil.
"Nós montamos o maior highline do centro oeste, a 3ª maior fita do Brasil na época, e o Gusta quebrou esse recorde na primeira tentativa", afirmou.
Ainda segundo a Comunidade de Highline Brasil, é uma tradição de quem realiza a primeira travessia na fita nomear a linha que foi utilizada, que foi intitulada por Gustavo de "King Kong Baiano", em homenagem ao atleta baiano Matheus Vidal.
Matheus Waeny destacou que Gustavo estava se preparando para quebrar novamente seu recorde em uma fita de 1,1km, distância que o praticante sonhava em atravessar e faria junto com o amigo.
Esportista usava equipamentos de segurança?
De acordo com amigos, Gustavo sempre utilizava os equipamentos de segurança, conhecidos como leash e cadeirinha. Ainda segundo a Polícia Civil, o praticante estava usando a cadeirinha de segurança quando foi encontrado.
Matheus destacou que é comum cair durante a prática do esporte. Por isso, ele destacou que é sempre importante estar utilizando os equipamentos.
"A gente não tem medo de cair, porque a gente cai várias vezes no highline, não é sempre que o objetivo é não cair", destacou Matheus.
Como o acidente aconteceu?
Ao g1, o delegado Rafael Rossi explicou que a polícia acredita que o equipamento tenha se soltado ou que o praticante tenha esquecido de conectar a corda de segurança, mesma teoria defendida pela associação do esporte e amigos.
O delegado afirmou que, como não houve indícios de crime, o caso não será investigado pela Polícia Civil. Após a queda, a Polícia Científica foi acionada, e as circunstâncias do acidente só poderão ser comprovadas por meio da perícia.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Gustavo estava sozinho quando praticava o esporte. Matheus explicou que o amigo pode ter se distraído e esquecido de conectar o equipamento de segurança, mas destacou uma das falhas foi praticar o esporte sozinho.
"O fato dele estar sozinho pode ter contribuído para isso, porque no ritual, uma segunda pessoa sempre faz o double check [dupla verificação], que é checagem completa dos equipamentos de segurança do colega", destacou.
A Associação Internacional também reforça que o highline não deve ser praticado sozinho e é sempre importante que o praticante esteja acompanhado e que os equipamentos sejam conferidos mais de uma vez. A ISA também destacou que esquecer de prender o equipamento de segurança é o maior causador de mortes no esporte.
Morte de Gustavo Guimarães em Goiás causou comoção na comunidade de slackline
Reprodução/Instagram da Associação Internacional de Slackline
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