Pai luta por guarda da filha após mãe mentir que ela havia morrido e entregar guarda a parentes, diz defesa

  • 06/11/2025
(Foto: Reprodução)
Pai recorre à Justiça para ter o direito de conviver com a filha Um ajudante de obras de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, luta na Justiça há cerca de dois anos pela guarda da sua filha, de 2 anos e 8 meses. De acordo com Floriel Pires Maciel, de 24 anos, a mãe da menina, sua ex-companheira, mentiu que ela havia morrido após o parto. O processo começou depois que ele descobriu que a criança estava viva ao vê-la na rua. O caso, agora, está sendo investigado pela Polícia Civil. Em entrevista ao g1, a mãe, que pediu para não ser identificada, confirmou que disse que a filha havia morrido, mas afirmou que fez isso para proteger a criança. Ela disse ter medo de Floriel porque ela teria sido vítima de violência doméstica quando vivia com ele. "Até hoje eu tenho marcas", afirmou, acrescentando que, na época, não registrou boletim de ocorrência na polícia por medo. Floriel nega as acusações. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp O pai contou ao g1 que a filha foi entregue pela ex a uma prima dela e ao seu esposo, que registraram a criança no cartório. Ele só descobriu a existência da menina ao encontrar o casal na rua, por acaso, segurando a bebê. Ilvan Silva Barbosa, advogado do pai registral, disse que "o registro de nascimento foi realizado de boa-fé" porque a mãe da bebê havia dito que ela era fruto de um relacionamento que os dois tiveram (Leia a nota completa da defesa no final desta reportagem). 🔎 Pai registral é o homem que aparece na certidão de nascimento, reconhecido pela lei como pai da criança. Segundo Floriel, ele se relacionou por sete anos com a mãe da bebê, com quem também tem outro filho de 5 anos. "Em meio aos conflitos que estávamos tendo, nós optamos por terminar. Antes disso, eu estava tentando voltar a ficar com ela pelo bem-estar do meu filho", disse. Em uma das retomadas do relacionamento, a mulher engravidou. Mas quando ela soube da gravidez, eles não estavam mais juntos. Segundo Floriel, no dia seguinte ao do nascimento, a mãe dele ligou para a ex-nora para saber como a bebê estava e a jovem falou, chorando, que ela tinha morrido. LEIA TAMBÉM Médica que sequestrou bebê é presa suspeita de participar do assassinato de farmacêutica para ficar com criança, diz polícia Bebê sofre queimaduras de cigarro, e companheiro da mãe é suspeito das agressões, diz polícia Irmão de Marília Mendonça chora ao se pronunciar sobre disputa por guarda de Leo: 'Momento muito difícil' Ao saber da existência da filha, quando ela tinha entre 2 e 3 meses, Floriel chamou a polícia e o Conselho Tutelar. Ele conta que, depois de meses de tentativas para fazer o teste de DNA para provar a paternidade, acionou a Justiça e conseguiu a prova de que é o pai biológico. Floriel Pires Maciel luta na justiça pela guarda da filha, em Águas Lindas de Goiás Arquivo pessoal/Floriel Pires Maciel 'Revoltante' Ao g1, Floriel disse que a sensação é de revolta porque, além do convívio com a menina, ele deseja que o filho mais velho também tenha vivência com a irmã. "Se fosse o contrário, seria totalmente diferente. Eu não durmo direito. Meu dia a dia não é perfeito. Todos os sábados, eu tenho que passar vexame nas visitas assistidas", afirmou, referindo-se ao fato de que as visitas semanais são acompanhadas pela sogra do pai registral, por determinação da Justiça. A advogada Raquel Gomes, que assumiu o caso de Floriel há cerca de dois meses, disse que o processo se arrasta há mais de dois anos na Justiça. Agora que a história veio à tona, a expectativa é que ande mais rápido e seja resolvido. "Ele está tentando há dois anos e meio ter acesso à filha biológica, mas ele só consegue vê-la três horas por semana", disse. Raquel explica que o processo judicial se refere exclusivamente ao pedido de guarda da menina. O aspecto criminal, relacionado à suposta ocultação da filha pela mãe, dependerá de investigação da polícia e de posterior denúncia do Ministério Público. 'Tenho medo dele' Ao g1, a mãe da bebê disse que, além dos episódios de violência doméstica quando estavam juntos, Floriel teria pedido para ela abortar a criança quando ela tinha pouco mais de um mês de gestação. "Eu estava no comecinho da gravidez. Ele chegou a comprar o remédio e me deu para tomar, mas eu não tomei", disse. Atualmente, a jovem não mora em Águas Lindas de Goiás."Eu acabei pegando trauma da cidade. Tenho medo de ele fazer alguma coisa. Para mim, ele é uma pessoa perigosa", disse, acrescentando que não procede a informação de que eles teriam ficado juntos por sete anos, mas apenas três. Oficialmente, segundo ela, o relacionamento havia terminado desde outubro de 2020. O ajudante de obras nega todas as acusações. Ao g1, sua advogada afirmou que tudo o que a ex alega terá que ser provado no decorrer do processo. A Polícia Civil de Goiás informou ao g1 que a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Águas Lindas instaurou inquérito e está investigando o caso. O g1 entrou em contato com o advogado da mãe da criança, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Nota completa da defesa do pai registral "É importante esclarecer que ele não recebeu a criança de forma clandestina, tampouco participou de qualquer ocultação. O registro de nascimento foi realizado de boa-fé, após ter sido informado pela própria genitora de que o bebê era fruto de um breve relacionamento entre ambos. A defesa entende que ele foi induzido em erro, acreditando sinceramente ser o pai biológico. Há fortes indícios, inclusive, de que a própria mãe também desconhecia a real paternidade biológica naquele momento. Hoje, a criança vive com o pai registral desde o nascimento, mantendo com ele um vínculo afetivo sólido, pleno e saudável. Diante dessa realidade, as partes estão tratando o caso de forma amigável, com diálogo e respeito, buscando uma solução que preserve o melhor interesse da criança, mantendo o convívio e o afeto com ambas as famílias. Nosso foco é a proteção emocional e o bem-estar da menor, acima de qualquer disputa entre adultos.” Atenciosamente, Dr. Ilvan Silva Barbosa" 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/11/06/pai-luta-por-guarda-da-filha-apos-mae-mentir-que-ela-havia-morrido-e-entregar-guarda-a-parentes.ghtml


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